sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

DOPING - Outros casos polêmicos

Doping de Anderson Silva e Jon Jones fazem relembrar outros casos no UFC
Nomes como Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alistair Overeem, Wanderlei Silva e Cris Cyborg (no Strikeforce) já estiveram envolvidos em escândalos

Não é certo, e muito menos bonito usar uma substância proibida para levar vantagem sobre um adversário em qualquer esporte que seja. No UFC, dois casos vieram à tona nesse início de ano. Primeiro, Jon Jones. O campeão dos meio-pesados testou positivo para cocaína semanas antes da luta contra Daniel Cormier, no UFC 182. Na ocasião, ele deu entrada em uma clínica de reabilitação e recebeu o apoio da organização. Mais recentemente, o maior lutador da história do Ultimate também testou positivo para substâncias proibidas. O exame de Anderson Silva foi feito no dia 9 de janeiro, bem antes do combate contra Nick Diaz, no UFC 183. Após o combate, o resultado foi divulgado. E também depois do evento, o americano testou positivo para maconha, pela terceira vez, e corre o risco de ser banido do esporte.

O Ultimate Brazil relembra outros casos de doping no MMA.


  • Vitor Belfort: Após a derrota para Jon Jones, em 2012, quando quase finalizou o americano com uma chave de braço no primeiro round, o ex-campeão meio-pesado começou a fazer terapia de reposição de testosterona, a polêmica TRT. Outros lutadores eram adeptos dessa terapia, como o lendário Dan Henderson e o falastrão Chael Sonnen. Mas foi com esse método que o brasileiro voltou de forma arrasadora após perder para Jones. Em São Paulo, nocauteou o inglês Michael Bisping com um chute alto, em janeiro de 2013. Em Jaraguá do Sul, maio do mesmo ano, deu as boas vindas ao ex-campeão do Strikeforce, Luke Rockhold, com um chute rodado ainda no primeiro round. E em novembro, em Goiânia, chocou o mundo do MMA ao nocautear Dan Henderson com um chute na cabeça. Até então, o ex-campeão do Pride e do Strikeforce nunca havia sido derrotado daquela maneira, apenas por finalização ou por pontos. Após isso, foi criticado duramente pelos dois primeiros que derrotou, que chegaram a pedir revanche contra Belfort. Foi anunciado como próximo desafiante ao cinturão dos médios, em poder de Chris Weidman. A luta estava marcada para maio, mas após a NSAC (Comissão Atlética de Nevada) banir o uso de TRT, Vitor não teria tempo o suficiente para se preparar adequadamente, e foi substituído por Lyoto Machida. O combate foi pra julho, e o americano manteve o cinturão. Depois, foi duramente criticado pelo campeão, mas seguiu como próximo adversário de Weidman. O combate deve acontecer em maio deste ano.

  • Chael Sonnen: Conhecido pelas diversas provocações aos adversários mais do que pelas atuações no octógono, o "Gângster Americano" foi pego em dois exames anti-doping na véspera do combate contra Wanderlei Silva, que seria realizado no dia 5 de julho, em Las Vegas. Na primeira vez, enfrentou uma audiência após a primeira derrota para Anderson Silva, no UFC 117, em 2010. Após massacrar o brasileiro por quatro rounds e meio, Sonnen foi pego em um triângulo e bateu em desistência a um minuto do fim da luta. Mas mesmo se a luta fosse para a decisão dos juízes, o tagarela perderia o cinturão, pois foi pego com níveis alterados de testosterona e acabou suspenso do MMA por um ano, reduzindo por seis meses. Chael alegou que sofria de uma doença chamada hipogonadismo, que necessitava de reposição do hormônio. Ele anunciou a aposentadoria do esporte após ser testar positivo para anastrozol, no ano passado. E falhou em outro exame semanas depois.

  •  Cris Cyborg: Tida como a única lutadora no mundo capaz de vencer a campeã do UFC Ronda Rousey, a brasileira campeã do Invicta FC foi flagrada no exame antidoping em 2011, após vencer a japonesa Hiroko Yamanaka, pelo extinto Strikeforce. No exame pós-luta, a paranaense testou positivo para estanozolol. O resultado da luta foi alterado para "no contest" (sem resultado), e Cyborg recebeu uma suspensão de um ano, além de uma multa de 2500 dólares.


  • Alistair Overeem: Dá pra ver no corpo do holandês a grande mudança. Não tão forte nos tempos do Pride, Overeem teve problemas com doping quando desafiaria o brasileiro Junior Cigano, então campeão dos pesados, pelo cinturão da categoria, em maio de 2012. Ele falhou em um exame surpresa realizado após a coletiva de divulgação do evento, o UFC 146, apresentando uma taxa de epitesosterona muito acima do normal. 14 vezes superior ao encontrado normalmente em um ser humano. Com isso, ele foi suspenso por um ano e perdeu o title-shot para Frank Mir, que acabaria nocauteado pelo catarinense no segundo round.

  • Wanderlei Silva: Ex-campeão do Pride e um dos nomes mais respeitados do MMA mundial, o "Cachorro Louco" teve um caso curioso. Foi acusado pelo UFC de fugir do coletor enviado pela comissão atlética até sua academia para não passar pelo exame. O advogado do paranaense ainda disse que o lutador estava usando diuréticos para aliviar dores causadas por uma lesão no punho, a mesma lesão sofrida na briga com Chael Sonnen durante as gravações do TUF Brasil 3, em São Paulo. Após anunciar sua aposentadoria do esporte, Wand não compareceu na audiência e foi banido de lutar no estado onde vive.

  • Royce Gracie: Até o primeiro campeão da história do Ultimate passou por esse tipo de problema. O lendário lutador testou positivo para nandrolona após vencer o antigo carrasco Kazushi Sakuraba, no Elite XC, em 2007. O exame apontou uma quantidade de testosterona oito vezes acima do permitido pela Comissão Atlética da Califórnia. 

  • Nick Diaz: Derrotado por Anderson Silva no retorno de ambos ao MMA, o ex-campeão meio-médio do Strikeforce já foi flagrado três vezes por uso de maconha após suas lutas. Primeiro, após o combate contra Takanori Gomi, no extinto Pride, em 2007. Depois, no UFC 143, em 2012, quando havia perdido a disputa de cinturão interino para Carlos Condit. O polêmico lutador californiano já havia vários depoimentos assumindo ser consumidor da droga. Suspenso por três vezes, Diaz pode ser banido do MMA.

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